Barra ganha o ouro olímpico
O Globo, Ana Carolina Diniz, 11/set
A concentração de eventos dos Jogos Olímpicos Rio 2016 na Barra da Tijuca movimentou o mercado imobiliário do bairro nos últimos meses. Uma análise do Sindicato da Habitação do Rio (Secovi Rio), que será apresentada na 6ª Feira Secovi Rio, mostra que os preços de 2016 estavam abaixo dos de 2015 na Barra, evidenciando uma queda. No entanto, em agosto de 2016, data do início das competições, o preço do metro quadrado ultrapassou o do mesmo período do ano anterior: chegou a R$ 10.381 contra R$ 10.368 em 2015. Em julho, o valor era de R$ 10.329.
Além disso, o estudo mostra que os preços no entorno da nova Linha 4 do metrô superam a média geral da Barra e do município. O valor do metro quadrado para venda chega a R$ 11.033 na Avenida das Américas, por exemplo. Enquanto isso, na média, o preço na Barra é de R$ 10.327 e, no Rio, R$ 9.901. A linha 4 será aberta para população no dia seguinte ao término da Paralimpíada, dia 19, entre 6h e 21h, de segunda a sexta-feira.
JARDIM OCEÂNICO É O DESTAQUE
Na opinião do vice-presidente administrativo do Secovi, Ronaldo Coelho Netto, a tendência é que, com a chegada do novo transporte, estes preços da região se recuperem das perdas provocadas pela desaceleração da economia nos últimos anos. Ele reitera que este crescimento deve ficar apenas no entorno do Jardim Oceânico, beneficiado com a obra.
- Temos que dividir a Barra em duas regiões: a do entorno do metrô e a área do Parque Olímpico. Nesta última, os preços podem cair, pela quantidade de imóveis disponíveis para a venda - afirma ele.
Construída para receber as delegações, a Vila dos Atletas têm 3.604 apartamentos, sendo que 600 foram postos à venda e apenas 200, vendidos. Os 31 prédios começarão a receber moradores a partir de julho do ano que vem.
Para o diretor do Creci-RJ, Laudimiro Cavalcanti, apesar de a região estar sendo beneficiada com a visibilidade do evento, só haverá impacto nas vendas a médio e longo prazo. E, no caso dos imóveis vizinhos ao Parque Olímpíco, o desempenho das vendas está diretamente ligado ao legado.
- Os interessados querem saber qual será o aproveitamento das arenas construídas, como vão se comportar as obras de infraestrutura deixadas etc - acredita.
A repulsa de alguns moradores pela região por conta da falta de mobilidade diminui com a chegada do metrô, tornando o bairro um objeto de desejo.
- A mobilidade, que sempre foi o ponto fraco da região, ganhou projetos abrangentes. A possibilidade de integração com outros transportes, principalmente BRTs, também favoreceu os moradores. Todos querem desfrutar as vantagens de morar perto de um transporte público de qualidade, que ponha fim aos torturantes engarrafamentos enfrentados no deslocamento diário para o trabalho. Além disso, a Barra oferece uma qualidade de vida incrível, condomínios com toda a infraestrutura e lazer - propagandeia o presidente da Ademi, João Paulo Rio Tinto de Matos.
Você sabia que a Barra da Tijuca irá ganhar um moderníssimo Mercado de Produtores, inspirado nos melhores Mercados do Mundo: Cadeg, Cobal, Mercado da Ribeira (Portugal), Bouroght Market London, Eataly (NY), entre outros ?
Clique na imagem abaixo, e saiba tudo!
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Foco na acessibilidade
Meia Hora, Imóveis, 15/set
Pegando carona nos Jogos Paralímpicos, o tema acessibilidade nos empreendimentos imobiliários ganha cada vez mais destaque. Os condomínios do programa Minha Casa, Minha Vida também estão incluídos neste caminho. A Vila dos Atletas, batizada de Ilha Pura, por exemplo, foi concebida para que oferecesse acessibilidade plena a quem tem alguma deficiência.
O empreendimento conta com 31 edifícios com apartamentos de dois até quatro quartos adaptados para garantir a inclusão. Entre os diferenciais de acessibilidade estão portas mais largas, que têm 80 centímetros de largura, enquanto o padrão da construção imobiliária é de 70 centímetros; chuveiros mais altos, com 2,20 metros de altura; banheiros adaptados; amplos corredores, com 90 centímetros de largura (10 centímetros a mais do que o padrão); sinalização em braile e avisos sonoros nos elevadores que, por sua vez, também são maiores e têm a capacidade de receber até duas cadeiras de rodas simultaneamente.
Além disso, todo o complexo foi projetado para atender às pessoas com deficiência. Há rampas de acesso nos condomínios, nas piscinas e também no parque.
Já a Even oferece em alguns de seus empreendimentos, como Caminhos da Barra, unidades acessíveis. "Precisamos fazer alterações na planta. Abrimos o segundo quarto e ampliamos o banheiro, garantindo que um cadeirante pudesse circular. Também trocamos peças sanitárias. Todas as circulações e vãos de porta foram aumentados, para garantir a mobilidade. E a cozinha também foi alterada, garantindo que o cliente consiga usála forma plena", explica Ana Paula Samico, da construtora.
Segundo dados de agosto de 2015 do IBGE, 6,2% da população brasileira têm algum tipo de deficiência. Por isso, o tema precisa ser tratado com prioridade.
Áreas comuns estão incluídas
Nos empreendimentos do programa Minha Casa, Minha Vida o tema acessibilidade já está incluído desde que o programa habitacional do governo foi criado em 2009. A modalidade beneficia famílias com renda de até R$6.500.
Os condomínios que se enquadram na faixa I têm que ser 100% neste conceito. Já os projetos nas faixas II e III têm que destinar 3% das unidades para este público, e a área comum tem que ser adaptável.
"Hoje, é difícil aprovar um projeto imobiliário que não tenha acessibilidade nas áreas comuns. Nos outros programas de financiamento da Caixa Econômica, o banco exige que 100% da área comum seja adaptável", explica Mariliza Fontes Pereira, diretora da Mdoito, empresa focada na gestão de incorporação.
Segundo ela, a norma de acessibilidade já existia, mas não era colocada em prática. Mariliza lembra que a melhor idade também tem preferência nestas unidades.
Extra, Flávia Nunes, 19/set
O Globo, Opinião, Roberto Medina, 17/set
A nova tentativa da Prefeitura do Rio de Janeiro de atrair moradores à região portuária da cidade pode fazer com que a administração municipal gaste, apenas neste ano, até R$ 260 milhões em um programa de recompra de Certificados de Potencial Adicional de Construção (Cepacs) do Porto Maravilha.
Legado olímpico: transporte supera meta; meio ambiente e segurança falham
Se o legado ambiental e de segurança ficou abaixo do esperado, o de transporte superou expectativas. O dossiê de candidatura do Rio à sede da Olimpíada previu a construção de três corredores expressos de ônibus, os chamados BRTs, e uma extensão do metrô. A cidade ganhou os três corredores e ainda construiu para a Olimpíada uma linha de metrô completamente nova.
Legado olímpico: surgimento de
Turibio Barros cita medalhista Isaquias Queiroz e explica que a maior visibilidade dos Jogos deveria resultar em incentivo para a formação de nova geração de atletas
Isaquias Queiroz foi o destaque do Brasil na Olimpíada por ter conquistado três medalhas (Foto: Phil Walter/Getty Images)
Porém, existe um legado muito mais importante que ficamos na expectativa de obter. Trata-se da esperança de que a grande visibilidade das competições resulte em um estímulo para a iniciação esportiva de uma nova geração.
O surgimento de novos heróis do esporte (dentre os quais talvez o canoísta Isaquias Queiroz represente o melhor exemplo) deve ter estimulado jovens que, de alguma maneira, se identificaram com o humilde rapaz. Algumas notícias recentes, inclusive, já dão conta do surgimento de um centro de treinamento da modalidade na, até então desconhecida, cidade de Ubaitaba, no interior da Bahia.
Esperamos que não se trate de um exemplo isolado, mas sim do reflexo de um novo despertar para a prática do esporte com a expectativa de podermos projetar uma geração que cada vez mais se afaste daquela que é considerada a maior inimiga da saúde do terceiro milênio, a vida sedentária.
Thiago Braz, medalha de ouro no salto com vara: outro exemplo de superação para a nova geração (Foto: Reuters )
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Fonte: Ministério do Turismo
Linha 4 do metrô aberta ao público
Extra, Flávia Nunes, 19/set
A partir de 19 de Setembro, toda a população poderá usufruir da Linha 4 do metrô Rio, que liga Ipanema à Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. Segundo a secretaria estadual de Transporte, a estimativa é que sejam retirados das ruas cerca de dois mil veículos por hora, nos horários de pico. Até o fim do ano, estima-se que a nova linha beneficie cerca de 300 mil pessoas.
O trajeto - que foi inaugurado na Olimpíada e teve 1,6 milhão de passageiros entre os dias 5 a 21 de agosto - vai funcionar entre 6h e 21h, de segunda a sexta-feira. De acordo com a concessionária, o objetivo é de ampliar o horário de funcionamento semelhante às outras linhas (segunda a sábado, das 5h à meia-noite, e aos domingos e feriados, das 7h às 23h).
Aproveitando o domingo para passear, a engenheira Vanessa Bloomfield, de 43 anos, conta que a experiência na linha tem sido positiva:
- A rapidez, até agora, está sendo boa. Moro em Botafogo e, até a Barra, eram quase duas horas de engarrafamento. Hoje demoramos 20 minutos para chegar aqui. Já usei duas vezes e vou testar nos próximos dias também.
Para acessar as cinco estações, o passageiro poderá utilizar os cartões do Metrô, RioCard ou comprar a passagem (R$ 4,10). Para quem vem de outras estações, é necessário fazer transferência entre linhas na General Osório.
- O sistema do metrô funciona no mundo inteiro, então espero que aqui também seja assim. Demoro mais de uma hora para ir ao Centro. Minha expectativa é a melhor! - diz a aposentada Maria Elizabeth, de 61 anos.
Para que a festa continue
O Globo, Opinião, Roberto Medina, 17/set
Disseram que o Rio era inseguro para sediar um evento do porte da Olimpíada, e o que se viu foi tudo transcorrer na maior paz, como dificilmente aconteceria num país de primeiro mundo. Disseram que o vírus da zika ia fazer um grande estrago, falaram até em adiar a Olimpíada, e a OMS já confirmou que nenhum atleta foi infectado. Disseram que os estádios ficariam vazios, e os ingressos esgotaram. O que se viu foi o Rio receber seus visitantes com muita competência e uma enorme alegria. Os transportes funcionaram, famílias inteiras lotaram praças e parques e demonstraram, mais uma vez, que ninguém faz festa melhor que os brasileiros. A abertura dos Jogos foi a melhor de todas que já vi. E já vi muitas.
Encomendem a quem não é daqui um carnaval como o nosso, onde mais de 25 mil pessoas desfilam de forma espontânea, num espetáculo de fazer inveja a qualquer coreógrafo da Broadway - nenhum faria melhor. E o réveillon, que reúne dois milhões de pessoas, em paz e harmonia, celebrando a união de raças e credos? No Brasil, as diferenças se juntam para a festa. Como vão juntas também ao Rock in Rio - o maior evento de música e entretenimento do mundo - que reúne na Cidade do Rock pessoas de todas as idades e gostos musicais e ainda exporta a capacidade de realização do brasileiro para onde quer que vá.
E agora? O que fazer para ocupar os 60 mil quartos de hotel que podem ficar vazios, quando se sabe que cada um gera cerca de três empregos? E as novas instalações? Como ficarão? A resposta é simples e direta: em 2017 a festa não pode parar.
Somos donos de um patrimônio ainda bastante inexplorado, que é o de saber fazer festa como ninguém. Essa vocação é a grande oportunidade que temos para espantar a crise e gerar empregos através de uma das maiores indústrias do mundo - o turismo. Vamos juntar a capacidade e o talento - carioca e brasileiro - para criar, no próximo ano, o maior calendário de festas que o Rio de Janeiro já viu. Não tenho dúvidas que, com pouco investimento, podemos mudar o cenário difícil que se avizinha.
E a questão da segurança? Aí também temos um problema e uma oportunidade. Podemos montar, num primeiro momento, um plano de criminalidade zero para a área turística usando tecnologia de ponta, câmeras, modernas técnicas operacionais de segurança pública e depois, com a entrada dos recursos, expandir o sistema para toda a cidade.
Está na hora de a gente se unir - iniciativa privada, veículos de comunicação, governos federal, estadual e municipal, Ministério do Turismo, Embratur, ABIH, enfim, um esforço conjunto de todos para movimentar a cidade com um calendário que contemple do carnaval à moda, da música ao esporte, da cultura à festa. Porque, definitivamente, a gente acabou de mostrar ao mundo que sabe fazer festa e receber como ninguém.
Roberto Medina é empresário
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Valor Econômico, Robson Sales, 12/set
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Prefeitura do Rio tenta atrair projetos para região portuária
Valor Econômico, Robson Sales, 12/set
A nova tentativa da Prefeitura do Rio de Janeiro de atrair moradores à região portuária da cidade pode fazer com que a administração municipal gaste, apenas neste ano, até R$ 260 milhões em um programa de recompra de Certificados de Potencial Adicional de Construção (Cepacs) do Porto Maravilha.
Legado olímpico: transporte supera meta; meio ambiente e segurança falham
Rio não ficou mais seguro
A segurança também recebeu atenção especial no dossiê de candidatura do Rio à sede da Olimpíada. Um amplo programa de investimentos e treinamentos de policiais foi apresentado no documento visando à redução da criminalidade na capital fluminense.
Esse programa chegou a dar resultado. Baseado na instalação de UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) em favelas cariocas, o número de homicídios dolosos na capital fluminense caiu de 2009 a 2015. De janeiro a junho do ano da escolha do Rio como sede dos Jogos, por exemplo, 3.198 pessoas foram assassinadas na cidade. No mesmo período de 2015, foram 2.105.
Acontece que no ano olímpico, a quantidade de assassinato nos primeiros seis meses do ano subiu. Foram 2.459 só em 2016.
Para Paulo Sotari, antropólogo e ex-capitão do Bope (Batalhão de Operações Especiais) da Polícia do Rio, o dado é prova que o legado olímpico de segurança é pequeno. “Houve um avanço, mas não houve a mudança de padrão prometida”, disse.
“O Rio não conseguiu tornar-se uma cidade segura”, ratificou o economista e professor da FGV, Mauro Rochlin. “Isso é ruim também porque reduz o ganho com o turismo que a cidade poderia ter após a Olimpíada. Hoje, um cidadão carioca se sente seguro. Isso influencia na decisão de um turista de viajar para o Rio.”
O secretário estadual de Segurança, José Mariano Beltrame, admitiu ainda antes da Olimpíada o aumento da criminalidade no Rio. Ele lembrou que isso tem a ver com crise econômica do Estado, que comprometeu até o pagamento de policiais. Beltrame disse que, espera que após a Rio-2016, ações que haviam dado resultado anos antes dos Jogos sejam retomadas.
Mobilidade com projetos entregues
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Se o legado ambiental e de segurança ficou abaixo do esperado, o de transporte superou expectativas. O dossiê de candidatura do Rio à sede da Olimpíada previu a construção de três corredores expressos de ônibus, os chamados BRTs, e uma extensão do metrô. A cidade ganhou os três corredores e ainda construiu para a Olimpíada uma linha de metrô completamente nova.
Ao todo, R$ 14 bilhões em melhorias no transporte e mobilidade urbana foram investidos visando à Rio-2016. Apesar dos atrasos e aumentos de custo, tudo ficou pronto a tempo para os Jogos. Para Pedro Trengrouse, isso é um ponto positivo. “A cidade recebeu muito investimentos: os BRTs e o metrô enfim saíram do papel”, disse ele. “Esperávamos essas obras há décadas. ”
O pesquisador Martin Muller, da Universidade de Birmingham, na Inglaterra, ressaltou que boa parte do novo sistema de transporte foi idealizado para transportar turistas para áreas olímpicas, o que não é bom. Mesmo assim, vê avanços.
Sobre o desenvolvimento urbano, aliás, o Rio de Janeiro também cumpriu suas principais promessas: revitalizou a região portuária da cidade, viabilizando investimento de R$ 8 bilhões na área, e ainda investiu na infraestrutura urbana da Barra da Tijuca e em Deodoro –bairros com as principais instalações esportivas da Rio-2016.
O investimento em Deodoro, aliás, é um dos maiores legados olímpicos, para Tânia Braga, do Comitê Rio-2016. Por conta da Olimpíada, o bairro do subúrbio, com um dos menores índices de desenvolvimento do Rio, ganhou um sistema de saneamento básico, melhorias no transporte e um parque público, que foi aberto antes dos Jogos.
Esse espaço é o chamado Parque Radical de Deodoro. O local será usado na Rio-2016 nas competições de canoagem slalom, ciclismo BMX e mountain bike. Depois do evento, a corredeira artificial construída para os Jogos será usada como piscina pública pela população. No verão passado, essa piscina já foi aberta para lazer e atraiu milhares de pessoas aos finais de semana.
“Deodoro para mim é um dos pontos altos”, disse ela. “A Olimpíada não pode não ter resolvido todos os problemas no Rio, mas fez muita coisa. Há avanços no saneamento e na mobilidade urbana. Todas as arenas ainda foram pensadas para que não houvesse elefantes brancos. Deixamos um saldo positivo. ”
A Prefeitura do Rio, principal responsável pelas obras da Olimpíada, ratificou que houve muitas melhorias na cidade por conta dos Jogos. Lembrou, contou, que o evento não pode ser visto como uma solução para tudo.
"Os Jogos Olímpicos são um catalisador para a realização de projetos em diversos setores, incluindo meio ambiente e segurança. Porém, não podem ser considerados a solução para todas as questões de uma cidade, sobretudo num período de menos de sete anos", declarou.
Legado olímpico: surgimento de
ídolos é estímulo à prática esportiva
Turibio Barros cita medalhista Isaquias Queiroz e explica que a maior visibilidade dos Jogos deveria resultar em incentivo para a formação de nova geração de atletas
A realização de uma Olimpíada é um empreendimento gigantesco. Os recursos investidos para realizar o maior evento esportivo do planeta sempre ultrapassam qualquer estimativa prévia. Deste grande investimento se espera um retorno proporcional em diversos e diferentes aspectos. Visibilidade do país no mundo todo, grande fluxo de turistas, melhora de infra estrutura urbana, aumento significativo de arrecadação, entre outros.
Do ponto de vista do esporte, existe sempre a expectativa do aproveitamento das grandes obras realizadas e o receio de algumas se tornarem, de certa forma, inúteis pela falta de identificação da população com algumas modalidades.
Do ponto de vista do esporte, existe sempre a expectativa do aproveitamento das grandes obras realizadas e o receio de algumas se tornarem, de certa forma, inúteis pela falta de identificação da população com algumas modalidades.
![Isaquias Queiroz dos Santos (Foto: Phil Walter/Getty Images) Isaquias Queiroz dos Santos (Foto: Phil Walter/Getty Images)](https://s2.glbimg.com/mab9RycLkVaIxHa6gidyG1TmKMs=/0x56:2000x1333/690x440/s.glbimg.com/es/ge/f/original/2016/08/18/gettyimages-591747474_AgWZQAm.jpg)
A otimização dessas instalações demanda uma política e um planejamento previamente muito bem elaborados para capitalizar da melhor maneira possível o grande investimento realizado.
Entretanto, o maior legado que os jogos podem deixar, que justificaria com sobras o investimento feito, estará no estímulo à prática esportiva.
Entretanto, o maior legado que os jogos podem deixar, que justificaria com sobras o investimento feito, estará no estímulo à prática esportiva.
Quando falamos em estimular a prática do esporte podemos entender de uma forma imediatista, esperando que exista uma repercussão transferida ao esporte de alto rendimento que resulte no crescimento do país como potência esportiva.
Porém, existe um legado muito mais importante que ficamos na expectativa de obter. Trata-se da esperança de que a grande visibilidade das competições resulte em um estímulo para a iniciação esportiva de uma nova geração.
O surgimento de novos heróis do esporte (dentre os quais talvez o canoísta Isaquias Queiroz represente o melhor exemplo) deve ter estimulado jovens que, de alguma maneira, se identificaram com o humilde rapaz. Algumas notícias recentes, inclusive, já dão conta do surgimento de um centro de treinamento da modalidade na, até então desconhecida, cidade de Ubaitaba, no interior da Bahia.
Esperamos que não se trate de um exemplo isolado, mas sim do reflexo de um novo despertar para a prática do esporte com a expectativa de podermos projetar uma geração que cada vez mais se afaste daquela que é considerada a maior inimiga da saúde do terceiro milênio, a vida sedentária.
![Thiago Braz (Foto: Reuters ) Thiago Braz (Foto: Reuters )](https://s2.glbimg.com/Aj1VIEOwsFUqLg8LruUxw4ZtD3M=/0x0:2454x1564/690x440/s.glbimg.com/es/ge/f/original/2016/08/15/2016-08-16t024015z_982390549_rioec8g07f1un_rtrmadp_3_olympics-rio-athletics-m-polevault.jpg)
O Globo, Carlos Brito, 10/set
Cinemas que fizeram história no Centro voltam à cena
Uma multidão ocupava os mil assentos do então Palácio Teatro, na Rua do Passeio 38, Centro do Rio. Era 20 de junho de 1929 e todos estavam ansiosos pela estreia de "Melodia da Broadway", de Harry Beaumont, primeiro filme sonoro exibido no Brasil. Na plateia, um espectador ilustre: o presidente Washington Luís, que pouco mais de um ano depois seria destituído do cargo por conta do golpe liderado por Getúlio Vargas, episódio que resultaria no fim da República Velha. Quatorze anos mais tarde, o rebatizado Cine Palácio ainda seria um dos principais representantes de uma época, na qual os grandes cinemas da região, como o Ideal e o Vitória, se destacavam na agenda de diversão do carioca. Mais recentemente, há quase quatro anos, após um período de decadência entre os anos 1990 e a primeira década dos anos 2000, parte dessas salas começaram a ser reinventadas e transformadas em novos espaços culturais. E o exemplo mais atual dessa tendência é o próprio Cine Palácio, que, desde o último dia 26, foi transformado em Teatro Riachuelo.
Uma multidão ocupava os mil assentos do então Palácio Teatro, na Rua do Passeio 38, Centro do Rio. Era 20 de junho de 1929 e todos estavam ansiosos pela estreia de "Melodia da Broadway", de Harry Beaumont, primeiro filme sonoro exibido no Brasil. Na plateia, um espectador ilustre: o presidente Washington Luís, que pouco mais de um ano depois seria destituído do cargo por conta do golpe liderado por Getúlio Vargas, episódio que resultaria no fim da República Velha. Quatorze anos mais tarde, o rebatizado Cine Palácio ainda seria um dos principais representantes de uma época, na qual os grandes cinemas da região, como o Ideal e o Vitória, se destacavam na agenda de diversão do carioca. Mais recentemente, há quase quatro anos, após um período de decadência entre os anos 1990 e a primeira década dos anos 2000, parte dessas salas começaram a ser reinventadas e transformadas em novos espaços culturais. E o exemplo mais atual dessa tendência é o próprio Cine Palácio, que, desde o último dia 26, foi transformado em Teatro Riachuelo.
A obra de recuperação, que custou R$ 42 milhões, durou quase três anos e exigiu muito cuidado. O prédio está tombado desde 2008, quando deixou de funcionar como cinema, ao ser vendido pelo Grupo Severiano Ribeiro. Desde então, o lugar, que tem fachada em estilo neomourisco, concebida no fim do século XIX pelo arquiteto espanhol Adolfo Morales de los Rios, permaneceu fechado. O teatro agora faz parte do Passeio Corporate - um empreendimento imobiliário do banco Opportunity formado por três torres que ocuparão 70 mil metros quadrados e prevê a construção de um grande centro comercial na região - e é gerenciado pela Aventura Entretenimento, que ficará à frente da programação pelos próximos 20 anos.
- Queríamos participar do processo de revitalização da região. Soubemos do empreendimento e fizemos a proposta para assumirmos o espaço. A partir daí, entramos em obras, que foram bem mais complexas do que esperávamos - conta a produtora Aniela Jordan, uma das sócias da Aventura, experiente na produção de espetáculos musicais.
REFORÇO NA FUNDAÇÃO
Durante a reforma, por exemplo, foi constatado que a fundação original do Cine Palácio poderia não suportar o peso do novo teatro. Foi necessário instalar 30 estacas ao redor dos seis pilares de sustentação do imóvel. Além disso, com o acompanhamento de técnicos do Patrimônio Histórico Municipal, os administradores incorporaram novos elementos à arquitetura original, como lustres e cadeiras, ambos assinados pelo designer Zanini de Zanine.
- Quando todo o complexo começar a funcionar, pelo menos dez mil pessoas deverão passar por ele todos os dias. Boa parte da estrutura original foi mantida, mas fizemos inovações - diz Aniela.
Outro exemplo de reinvenção dos cinemas do Centro fica no número 62 da Rua da Carioca. Inaugurado em outubro de 1909, o Cine Ideal era um dos locais favoritos de Rui Barbosa, que ia assistir a filmes lançados pela distribuidora francesa Pathé. O espaço, que desde novembro passado funciona como Maison Leffié, ainda guarda seu charme: uma cobertura móvel de vidro projetada pelo engenheiro e arquiteto francês Gustave Eiffel, o mesmo da torre de Paris. Durante muito tempo, essa peça fez com que o Ideal fosse o único cinema ao ar livre à noite. A casa estava fechada desde 2014, após alguns anos abrigando festas para o público LGBT.
- Este prédio é parte da história dos grandes cinemas do Centro, não poderia continuar fechado. Por isso, fizemos tudo com muito cuidado, a cor das paredes respeitou as características da construção original - disse a arquiteta Rita de Cássia da Silva, uma das sócias do empreendimento cultural.
Para o pesquisador e autor do livro "Salas de cinema art déco no Rio de Janeiro", Renato Gama-Rosa, tanto o Ideal quanto o Palácio podem ser classificados no que se chama de escola eclética de arquitetura:
- Já o Cine Vitória é um exemplo perfeito do art déco americano, muito comum nas salas de exibição de Nova York e Los Angeles na década de 1930 e 1940. Foi o último dos grandes cinemas a ser inaugurado no Centro. Depois, esses locais seriam construídos apenas na Zona Norte e no subúrbio.
LIVRARIA BEM-SUCEDIDA
A menção ao Cine Vitória não é aleatória. O espaço erguido em 1942, na Rua Senador Dantas, abriga um dos empreendimentos mais bem-sucedidos entre os recuperados no Centro: a Livraria Cultura Cine Vitória. Inaugurada em dezembro de 2012, recebe cerca de 2.500 pessoas por dia no prédio que, ainda hoje, mantém características da construção original, como o piso de mármore, os lustres do salão de entrada, as sancas e luminárias laterais e a estrutura de madeira utilizada em parte das antigas cadeiras da plateia.
Previsão de turistas é superada e Rio2016 foi Sucesso.
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Gasto de turistas estrangeiros no Brasil em agosto cresce 38% em relação a 2015
Visitantes de outros países gastaram US$ 602 milhões no período, embalados pelos Jogos Olímpicos Rio 2016, US$ 166 milhões a mais do que no ano passado
Impulsionados pelos Jogos Olímpicos Rio 2016, os turistas estrangeiros que vieram ao Brasil gastaram 38% a mais no mês de agosto se comparado ao mesmo período em 2015. O volume total foi de US$ 602 milhões, contra R$ 436 milhões no ano passado, um aumento de US$ 166 milhões e 38,14%.
- Além de gastar mais do que em 2015, turistas lotaram pontos turísticos como o Boulevard Olímpico, no Centro do Rio. Foto: Francisco Medeiros/Brasil2016.gov.br
Os dados foram divulgados pelo Ministério do Turismo na segunda-feira (26.09) e mostram o impacto do Rio 2016 no segmento. No gasto acumulado entre janeiro e agosto, o aumento é de 9,78%, com um volume de US$ 4,22 bilhões. O percentual de 38,14% em agosto é o maior do ano no comparativo com 2015.
“Esse aumento da receita cambial turística no mês de realização da Olimpíada confirma a nossa expectativa de que o evento foi um sucesso e teve um impacto extremamente positivo para a imagem e para a economia do Brasil”, declarou Alberto Alves, ministro interino de Turismo.
Os dados referentes aos Jogos Paralímpicos Rio 2016, realizados entre 7 e 18 de setembro, serão divulgados em outubro.
CASSINOS , FESTIVAIS , CONGRESSOS MUNDIAIS , COMPETIÇÕES E GRANDES EVENTOS
Sorte para os Investidores Hoteleiros, após Sucesso dos Jogos Olímpicos previsão é aumentar bastante o turismo e novos grandes eventos virão.
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Fonte: Ministério do Turismo
Animais que habitam local de partidas conquistaram gringos depois que jogadores compartilharam imagens na Internet
Rio - Gringos estão impressionados com um animal que é velho conhecido dos brasileiros: a capivara. O roedor virou celebridade em jogos de golfe da Rio 2016 depois que os competidores começaram a compartilhar imagens em suas contas nas redes sociais. Alguns ficaram assustados, mas a Internet "caiu de amores" pelo bicho, chamado por eles de "capybara". "Assistindo os Jogos Olímpicos pelas capivaras", comentou um novo apaixonado no Twitter nesta sexta-feira.
"As 'capybaras' são as verdadeiras estrelas do golfe", brincou um dos apresentadores do "Today Show", da emissora americana "NBC", nesta sexta-feira.
O site internacional da "BBC" publicou que as capivaras estão "se sentindo em casa no campo olímpico de golfe". Bom, elas estão mesmo. A modalidade é disputada na Área de Proteção Ambiental (APA) de Marapendi, no Rio.
"Deem todas as medalhas para as capybaras", tuitou uma internauta. "Eu iria às partidas de golfe olímpico só para ver as capivaras selvagens", comentou outro.
No entanto, nem todos se encantaram pelo roedor. Na verdade, ele provocou estranhamento em alguns. Sem saber como classificá-lo o "Los Angeles Times" chegou a chamá-lo de "hamster gigante, amigável e incrivelmente sociável".
O site "Mental Floss" classificou a capivara como o mais recente problema dos Jogos, mas outros como o "Global News" saíram em defesa do animal: "São os jogadores que estão visitando as capivaras, não o contrário".
Entre opiniões, fato é que cada vez mais imagens de capivaras e curiosidades sobre o animal surgem nas redes sociais. Teve até quem sugerisse que ela virasse assistente nas partidas de golfe: "Deveriam usar as capivaras como caddies!"
Campo Olímpico de Golfe abre as portas na versão legado
Aberto do Brasil, encerrado no domingo, teve entrada franca. A partir de outubro, o campo se tornará o primeiro espaço público de 18 buracos de nível internacional do Brasil.
O torneio teve início na quinta-feira (22.09) e foi a primeira competição em instalação olímpica após os Jogos Rio 2016. Marcou o início do período de legado, com ingressos e aulas gratuitas para o público. O Aberto do Brasil faz parte do PGA Tour Latinoamerica, principal circuito de golfe do continente, que dá vagas para o Web.com Tour, que por sua vez dá acesso ao PGA Tour americano. O país com maior número de representantes no Aberto do Brasil foi os EUA, com 38 golfistas, seguido pelo Brasil, com 32 atletas, e pela Argentina, com 19.
Mais de 40 crianças e adolescentes das escolas municipais Ciep Nelson Mandela, em Campo Grande, e Gastão Rangel, em Guaratiba, que participam do programa Golfe para a Vida, da Confederação Brasileira de Golfe, compareceram ao evento para ter aulas da modalidade no Campo Olímpico. O espaço será a sede nacional do Golfe para a Vida, programa que já levou o ensino do esporte a quase 80 mil crianças no Brasil. No Rio de Janeiro, 2.000 jovens já têm regularmente aulas de golfe dentro das escolas e passarão em breve para a segunda fase do programa, com prática no Campo Olímpico.
Tássio de Oliveira Souza, de 16 anos, aluno do 9º ano da Escola Municipal Gastão Rangel, foi o primeiro aluno a praticar golfe em sua escola, há dois anos. "Eu estava no pátio quando vi um pessoal jogando. Achei interessante e perguntei para o professor se podia me inscrever. Desde então venho me dedicando e agora consegui a oportunidade de trabalhar no Campo de Golfe como Jovem Aprendiz. Começo em outubro e estou animado", conta Tássio, que foi ao campo olímpico pela primeira vez em março, durante o evento-teste de golfe para os Jogos Rio 2016.
O torneio teve início na quinta-feira (22.09) e foi a primeira competição em instalação olímpica após os Jogos Rio 2016. Marcou o início do período de legado, com ingressos e aulas gratuitas para o público. O Aberto do Brasil faz parte do PGA Tour Latinoamerica, principal circuito de golfe do continente, que dá vagas para o Web.com Tour, que por sua vez dá acesso ao PGA Tour americano. O país com maior número de representantes no Aberto do Brasil foi os EUA, com 38 golfistas, seguido pelo Brasil, com 32 atletas, e pela Argentina, com 19.
Mais de 40 crianças e adolescentes das escolas municipais Ciep Nelson Mandela, em Campo Grande, e Gastão Rangel, em Guaratiba, que participam do programa Golfe para a Vida, da Confederação Brasileira de Golfe, compareceram ao evento para ter aulas da modalidade no Campo Olímpico. O espaço será a sede nacional do Golfe para a Vida, programa que já levou o ensino do esporte a quase 80 mil crianças no Brasil. No Rio de Janeiro, 2.000 jovens já têm regularmente aulas de golfe dentro das escolas e passarão em breve para a segunda fase do programa, com prática no Campo Olímpico.
Tássio de Oliveira Souza, de 16 anos, aluno do 9º ano da Escola Municipal Gastão Rangel, foi o primeiro aluno a praticar golfe em sua escola, há dois anos. "Eu estava no pátio quando vi um pessoal jogando. Achei interessante e perguntei para o professor se podia me inscrever. Desde então venho me dedicando e agora consegui a oportunidade de trabalhar no Campo de Golfe como Jovem Aprendiz. Começo em outubro e estou animado", conta Tássio, que foi ao campo olímpico pela primeira vez em março, durante o evento-teste de golfe para os Jogos Rio 2016.
- O argentino Jorge Fernandez-Valdes venceu o Aberto do Brasil, no Campo Olímpico de Golfe. Foto: Ricardo Cassiano
Legado
Os Jogos Olímpicos Rio 2016 marcaram o retorno do esporte às Olimpíadas após 112 anos. "Nós esperamos daqui a alguns anos ter 200 mil meninos e meninas do Brasil jogando a modalidade", afirmou o comentarista de golfe Marco Antônio Rodrigues.
A partir de outubro, o Campo Olímpico entrará em funcionamento em regime de soft opening, se tornando o primeiro campo público de 18 buracos de nível internacional do Brasil. O acesso às suas dependências será livre. Quem quiser jogar terá de pagar uma taxa, cujo valor será divulgado em breve.
Fonte: Rio Mídia Center
Legado inclui de capacitação profissional à restauração de vegetação nativaTrecho da Transolímpica próximo à Barra da TIjuca (Beth Santos/Prefeitura do Rio)
O que a inauguração da Transolímpica, a reforma do Sambódromo e aulas de inglês para 20 mil taxistas têm em comum?Todas essas ações fazem parte do legado deixado pelos Jogos Olímpicos para o Rio de Janeiro. Além delas, o maior evento esportivo do planeta gerou várias outras iniciativas na cidade. São presentes que os cariocas poderão desfrutar nos próximos anos. Veja a seguir uma breve lista com alguns deles.Transolímpica
Orçado em R$ 2,2 bilhões, o corredor de 26 quilômetros ligando os bairros Recreio e Deodoro é um dos grandes legados dos Jogos Olímpicos para o Rio de Janeiro. Antes do novo caminho, o tempo para cumprir o percurso era 60% maior. Além disso, vale destacar que a Transolímpica conta com o BRT e 18 estações. A via estará à disposição dos cariocas a partir da próxima terça (23).Boulevard Olímpico
Se os Jogos Olímpicos tiveram um ponto de encontro quase "oficial", esse local foi o Boulevard Olímpico. Antes escondida sob o Elevado da Perimetral, a área se tornou um cartão-postal de 215 mil metros quadrados e com 3,5 quilômetros de extensão. Entre o armazém 8 do Cais do Porto e a Praça XV, mais de 200 artistas se apresentaram em agosto. Após os Jogos Paralímpicos, o espaço à beira da Baía de Guanabara tem tudo para continuar no roteiro turístico da cidade.Praça Mauá na final do futebol Olímpico, entre Brasil e Alemanha (Saulo Pereira Guimarães/Rio 2016)
Capacitação profissional
Falar inglês é uma ajuda e tanto para quem precisa lidar com frequência com pessoas do mundo todo. E como isso é uma rotina no Rio de Janeiro, o curso de inglês oferecido pelo Rio 2016 a taxistas e integrantes da força de trabalho é um legado importante dos Jogos. Cerca de 20 mil motoristas e 300 mil voluntários tiveram acessos a aulas gratuitas do idioma, fornecidas via internet pela empresa EF Education First.Aumento do número de hotéis
Do dia em que foi escolhido como cidade-sede em 2009 até o encerramento dos Jogos Olímpicos, o Rio de Janeiro ganhou cerca de 30 mil novos quartos de hotel. Eles receberão turistas que, encantados com o que viram durante as competições, com certeza virão conhecer melhor as atrações da cidade. Só em agosto, o Rio recebeu mais de meio milhão de visitantes.Educação
A Arena do Futuro foi palco do handebol durante os Jogos Olímpicos. Com suas cadeiras coloridas, a estrutura que vibrou com as disputas é desmontável e já tem destino certo. Com o fim das competições, ela dará origem a quatro escolas da rede pública municipal carioca. Futuro parecido terá a Arena Carioca 3, que se transformará no Ginásio Experimental Olímpico, colégio público voltado para esporte com capacidade para atender 850 alunos.
Arena do Futuro, no Parque Olímpico (Alex Ferro/Rio 2016)
Saúde
Ao longo de agosto, a Policlínica da Vila Olímpica atendeu atletas de várias partes do mundo. Com o fim dos Jogos Olímpicos, os equipamentos de ponta disponíveis do local passam a estar ao alcance dos brasileiros, em hospitais da rede pública. O legado inclui máquinas de ressonância magnética e radiografia fabricadas nos Estados Unidos e na Alemanha, entre outros itens.Maracanãzinho
O ginásio que foi palco de grandes vitórias do esporte brasileiro passou por uma repaginada para o Rio 2016. Foram construídas novas quadras de aquecimento e um novo sistema de iluminação foi instalado. Com as melhorias, a arena de 11.800 lugares ganhou um ar mais moderno e está pronta para receber os maiores eventos esportivos do mundo.Sambódromo
Nota 10 no quesito emoção, a Passarela do Samba passou por reformas nos últimos anos para receber o Rio 2016. Construídas na década de 1980, as arquibancadas tiveram as fundações reformadas. Além disso, novos setores foram criados. Depois de servir às modalidades esportivas, toda essa nova estrutura vai ficar a serviço do carnaval carioca.Sambódromo: arena Olímpica e palco do maior espetáculo da Terra (Alex Ferro/Rio 2016)
Linha 4
Era um sonho antigo que virou realidade. Com 16 quilômetros de extensão, a Linha 4 do metrô saiu do papel graças aos Jogos Olímpicos. A inauguração aconteceu em 30 de julho de 2016, quando cinco das seis estações entraram em operação. Quando estiver em pleno funcionamento, o novo serviço deve atender 300 mil pessoas por dia.Lote Zero
Oito estações compõem o chamado Lote Zero do BRT Transoeste. O trecho, situado entre a estação de metrô do Jardim Oceânico e o Terminal Alvorada, iniciou suas operações no período dos Jogos Olímpicos e estará à disposição dos cariocas a partir da próxima terça (23). É uma ligação viária importante, na qual milhares passageiros devem circular todos os dias.Mural Etnias
A enorme pintura colorida na Zona Portuária chama a atenção. Nela, rostos de indivíduos de cinco etnias compõem um painel intensamente fotografado durante o Rio 2016. De autoria do artista Eduardo Kobra, o mural Etnias foi inspirado nos aros Olímpicos e está entre os maiores do mundo. É mais um cartão-postal que o Rio ganhou graças aos Jogos Olímpicos.
Sustentabilidade
A preservação do meio ambiente faz parte do legado do Rio 2016. Só no local onde foi construído o Campo Olímpico de Golfe, 44 hectares de vegetação natural foram restaurados. Já na área onde está localizado o Parque Olímpico da Barra da Tijuca, outros 7,3 hectares de mata nativa foram recuperados. Além disso, cerca de 3.500 toneladas de resíduos foram enviadas a cooperativas de reciclagem pelo comitê organizador no período dos Jogos Olímpicos.Centros de treinamento
Ter bons centro de treinamento é essencial para conquistar medalhas. Após o Rio 2016, a cidade-sede ganhará algumas estruturas desse tipo. A Arena Carioca 1, por exemplo, será transformada em um espaço de treino e irá atender 12 modalidades diferentes, enquanto a Arena Carioca 3 vai virar uma escola municipal voltada para o esporte.Reforma do Engenhão
Durante o Rio 2016, Usain Bolt e outras estrelas brilharam no Estádio Olímpico. Para isso, uma série de intervenções urbanas foram realizadas na região antes dos Jogos. Mais de 30 ruas passaram por obras, pontos de alagamento foram eliminados e os moradores do bairro ganharam a Praça do Trem, um novo espaço de convivência.
Estádio do Engenhão, na zona norte do Rio (Alex Ferro/Rio 2016)Museu Cidade Olímpica
Rua Aquias Cordeiro, 1.048. Esse é o endereço de um dos mais novos museus do Rio, que também faz parte do legado do Rio 2016. Batizado de Cidade Olímpica, o espaço reúne jogos, equipamentos de realidade virtual e muito mais para contar a história do maior evento esportivo do planeta. Aberto em 5 de julho, o local funciona de 9h às 21h de terça a sábado e de 9h30 às 16h30 aos domingos.
RIO - Transformada em Boulevard Olímpico, a Zona Portuária viveu dias movimentados durante os Jogos, como principal ponto de encontro do público que podia assistir às competições de graça em telões e a shows — apenas no sábado, recebeu um milhão de pessoas. E a festa não acabou. A partir de hoje, toda a estrutura montada com a participação de artistas de rua, caminhões de foodtruck, balão e bungee jump volta a ser aberta ao público. A festa segue até o fim da Paralimpíada (7 a 18 de setembro), cujas provas também serão transmitidas ao vivo no local. Em meio a esse clima festivo, as autoridades discutem o futuro da área. Além de criar mais moradias para a região, o desafio agora será manter, com segurança e conforto, o movimento de frequentadores na recém-descoberta Orla Conde.Até o fim do ano, já existe uma programação consolidada. Após a Paralimpíada, a Orla Conde será palco de três outros eventos até o fim do ano. O primeiro, o ArtRio, acontece de 28 de setembro a 2 de outubro, nos armazéns 2, 3 e 4. Realizada desde 2011, a feira reúne obras das principais galerias de arte do país e do mundo.
Na última edição, mais de 50 mil pessoas passaram pelo local. Dez dias depois do ArtRio, o Mondial de La Bière vai ocupar os armazéns, com cerca de 120 expositores e mais de mil rótulos de cervejas especiais para degustação. De 12 a 16 de outubro, os apreciadores de cerveja poderão se aventurar em novos sabores, aromas e texturas. Os organizadores estimam receber cerca de dez mil visitantes por dia.
RIO GASTRONOMIA NO PORTOFinalmente, o ano de atividades no Porto termina com o Rio Gastronomia, entre 4 e 14 de novembro. Pela primeira vez em seis edições, a feira será realizada no Píer Mauá, trazendo chefs renomados, receitas especiais, aulas, palestras e degustação de petiscos. Após esse último evento, os armazéns 2 e 3 passarão por obras para abrigar bares e restaurantes permanentes, formando um polo gastronômico na Zona Portuária, com inauguração prevista para o primeiro trimestre do ano que vem. Os armazéns 4 e 5 continuarão reservados para embarque e desembarque de passageiros. E o armazém 1 abrigará o YouTube Space, área com estúdios, estações de edição e salas para cursos e workshops, previsto para abrir também em 2017.O secretário municipal de Turismo, Antônio Pedro Figueira de Mello, não descarta que o espaço possa ser incorporado também, como área alternativa, ao réveillon de Copacabana:— Por enquanto, ainda é um sonho. Mas poderíamos, por exemplo, ter uma queima de fogos na Ponte Rio-Niterói. E, depois, uma cascata de fogos na estrutura. Seriam visíveis da Zona Portuária — acrescentou o secretário.Entre os planos para atrair frequentadores está a instalação de quiosques duplos em 26 pontos da Orla Conde, entre a Praça da Candelária (onde permanecerá a pira olímpica) e o Armazém 8.
Os contratos com os operadores serão fechados diretamente com a concessionária Porto Novo, encarregada de manutenção do espaço, por meio de uma Parceria Público-Privada.O presidente da Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto (Cdurp), Alberto Gomes, explicou que os modelos de quiosques ainda estão sendo estudados.
— Na Olimpíada, houve uma movimentação excepcional, que não serve de parâmetro para a ocupação futura. O espaço vai precisar de novos elementos. Talvez instalemos mais bancos, bicicletários e bicicletas para aluguel — disse Gomes.
A questão de segurança também está sendo analisada. Com o fim dos Jogos e a saída dos turistas, o policiamento volta à responsabilidade do governo estadual, que hoje mantém na região soldados do 5º BPM (Praça da Harmonia). A área também é patrulhada pela Operação Centro Presente (uma parceria público-privada), iniciada em julho, com 360 agentes. Já a Marinha informou ontem que poderá ajudar na segurança, junto ao I Distrito Naval, nos dias de maior movimento. Mas, para o estado, o maior desafio será conter o aumento do número de ocorrências verificado antes dos Jogos. Entre janeiro e junho, os roubos a transeuntes cresceram 19,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. Para especialistas, um dos motivos é a carência de efetivo da Polícia Militar. O batalhão local, além do Boulevard, é responsável pelo patrulhamento de outras áreas de intensa vida noturna, como Lapa e Santa Teresa. Em nota, a PM explica que reajustará o policiamento “de acordo com as demandas" e manterá o patrulhamento com viaturas e motos.Boulevard Olímpico se despede dos Jogos de olho no réveillon
Prefeitura estuda a possibilidade de celebrar o ano-novo no Porto
Boulevard Olímpico lotado no último dia da Paralimpíada - Paulo Nicolella / Agência O Globo
RIO - “Não sei por que você se foi, quantas saudades eu senti”. Não foi à toa que Tiago Abravanel, responsável pelo show de encerramento do Boulevard Olímpico do Porto, na noite de ontem, deixou a música “Gostava tanto de você”, sucesso de Tim Maia, para o fim do espetáculo. O clima na região era de nostalgia.— Vou sentir falta de ver tantas pessoas passando por essa área que não tinha nada, era degradada — disse o artesão Fabrício Silva Rego, de 25 anos, que é de Pernambuco e veio à cidade para os Jogos. — Vim ao Boulevard todos os dias, desde o início da Olimpíada. Adotei esse canto do Rio para mim.
Entre os funcionários de food trucks — e seus clientes — o aperto no coração era o mesmo. Dos 35 abertos, apenas cinco que já tinham ponto na Praça Mauá, autorizados pela prefeitura, vão permanecer.
— Estou triste porque não sei o que vai ser da gente amanhã (hoje) — afirmou um atendente do Berg Burg, que vendia sanduíches perto da pira.
Por falar nela, a Pira Olímpica será mantida em frente à Igreja da Candelária. Ontem foi o último dia para garantir uma selfie com ela acesa. A chama será apagada após a cerimônia de encerramento da Paralimpíada, no Maracanã.
— Não tive dinheiro para vir antes, mas não podia perder a oportunidade de tirar uma foto com ela acesa. O espetáculo acaba, mas esse momento fica para o resto da vida — comentou a diarista Carmen Lúcia Gonçalves, de 45 anos, que mora em Campo Grande e foi ao Centro com a filha.— O Utopia é a sede do Instituto Ensaio Aberto. A gente trouxe o baile charme de Madureira para o armazém, para que o nosso teatro não ficasse sem atividade. Mas agora vamos voltar a ensaiar as nossas peças. O anexo é onde ocorrem as apresentações para o público — contou Carla Lima, gerente de captação do armazém, que não descarta fazer bailes esporádicos no Utopia.
A prefeitura afirmou que estuda instalar de banheiros químicos permanentes ao longo da Zona Portuária. Quer ainda conceder licenças para food trucks que atuaram na região durante os Jogos Olímpicos, assim como autorizações para os artistas de rua continuarem na Orla Conde.
— Existe a chance de fazermos um réveillon no Boulevard Olímpico — disse o prefeito Eduardo Paes ao GLOBO, na última quarta-feira.
Outra atração concorrida, o bungee jump, na Praça Quinze, promoveu quase 3.500 saltos em 48 dias. O último foi às 21h50m. Com o fim da festa, saem da Zona Portuária os palcos e os 195 banheiros instalados ao longo dos quatro quilômetros da Orla Conde. Também encerram as atividades a Casa Brasil e o Armazém Utopia.
Um abraço, Marcelo Maia.
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