Caixa vai liberar R$ 10 bilhões para financiamento
de obras de imóveis
BRASÍLIA - Depois das pessoas físicas, agora é a vez das empresas. Na próxima segunda-feira, a Caixa Econômica Federal lança um pacote de medidas para estimular as vendas no setor imobiliário e aquecer a economia. Entre elas está a reabertura da linha de crédito para construtoras, chamada Plano Empresário da Construção Civil, que estava fechada desde maio de 2015. E com uma novidade: o banco não vai mais exigir que o construtor termine a obra para começar a financiar os compradores, uma prática da concorrência. Com 80% do empreendimento concluídos, a Caixa já vai financiar os tomadores interessados na compra das novas unidades.
No Plano Empresário, a caixa financia o custo da obra diretamente
à construtora, para que, após concluído o empreendimento, a dívida seja
liquidada por meio da venda e do financiamento das unidades habitacionais aos
mutuários.
Serão
destinados à modalidade R$ 10 bilhões, tanto para imóveis enquadrados no
Sistema Financeiro da Habitação (SFH), de até R$ 750 mil, quanto os do Sistema
Financeiro Imobiliário (SFI). A fonte de recursos, segundo a Caixa, é formada
pelo retorno dos financiamentos habitacionais, por captações da poupança e do
FGTS.
A Caixa também vai ampliar a linha de
apoio à produção, no caso em que as construtoras não tenham recursos para
executar a obra. Desde o ano passado, a torneira está fechada, e somente
estavam obtendo crédito empresas com amplo relacionamento com a Caixa e baixo
risco de crédito. Para ter acesso à modalidade, as construtoras precisam
vender, no mínimo, 20% das unidades e comprovar que o somatório dos imóveis comercializados
cobre, pelo menos, o custo das obras.
Em outra frente, serão reabertas as
operações de crédito para empresas que executam a obra com recursos próprios e
buscam crédito para os potenciais compradores. A linha atende a imóveis mais
caros, enquadrados no SFI, e também estava fechada desde maio de 2015.
Em entrevista ao GLOBO, o vice-presidente de Habitação da Caixa, Nelson
Antônio de Souza, disse que o objetivo é aumentar a velocidade das vendas,
aquecer o mercado imobiliário e reduzir o número de distratos (desistência da
compra). Segundo ele, a decisão da Caixa de reabrir o crédito está alinhada com
a orientação do presidente interino, Michel Temer, que pediu ações que levem à
retomada da atividade econômica.
— Com 80% da obra, a Caixa vai financiar o adquirente final. Nenhum banco faz isso hoje. Estamos agindo nas duas pontas, do lado das pessoas físicas e do das jurídicas —afirmou Souza.
— Com 80% da obra, a Caixa vai financiar o adquirente final. Nenhum banco faz isso hoje. Estamos agindo nas duas pontas, do lado das pessoas físicas e do das jurídicas —afirmou Souza.
Nesta semana, o banco anunciou que o
valor máximo de financiamento subiu de R$ 1,5 milhão para R$ 3 milhões, com
recursos da poupança e captações no mercado. Além disso, a quota de
financiamento subiu de 60% para 70%, no caso de usados, e de 70% para 80%, no
caso de novos, compra de terreno e construção para unidades acima de R$ 750
mil. As novas condições também entram em vigor na próxima segunda-feira.
SECOVI VÊ POTENCIAL PARA MEXER COM MERCADO
Souza explicou que o Plano Empresário
foi fechado em maio do ano passado devido à escassez dos recursos da poupança e
à inadimplência crescente. A situação agora está sob controle, assegurou. Ele
lembrou que a Caixa alongou a dívida das construtoras, que enfrentaram
dificuldades para honrar os compromissos devido à queda no ritmo das vendas. O
prazo foi alongado de seis para 12 meses, mantendo-se a carência inicial de
seis meses, o que deu às empresas um fôlego de 18 meses.
Segundo o presidente da Associação Brasileira de Incorporadoras (Abrainc), Rubens Menin, os dados divulgados pelas maiores construtoras com ações em Bolsa revelaram que as vendas no primeiro semestre deste ano caíram entre 25% e 30%, na comparação com mesmo período de 2015. Segundo Menin, esse movimento é generalizado, atingindo também empresas de médio e pequeno porte.
— Tudo o que você faz é bom para o mercado. O Plano Empresário é importante porque reduz distratos, reduz o risco para a Caixa e para o empresário — afirmou o presidente da Abrainc, acrescentando, porém, que a demanda por crédito está fraca em função dos juros elevados, da renda e da crise econômica.
Na visão do economista-chefe do
Secovi-SP, Celso Petrucci, a iniciativa da Caixa tem potencial para mexer com o
mercado, sobretudo porque a economia já dá sinais de retomada. Ele disse que a
Caixa, que detém 67% do mercado, está se antecipando à temporada dos
lançamentos no setor imobiliário.
— As medidas são um estímulo a mais
para o empresário que tem um produto na prateleira. Com certeza, ele vai fazer
mais obras — observou Petrucci.
De acordo com fontes do setor privado, a Caixa iniciou uma ofensiva para ganhar mercado e cumprir a meta prevista para a carteira imobiliária, de fechar o ano com R$ 93 bilhões em novas concessões. Do total, R$ 54 bilhões estão alocados para serem aplicados neste semestre, sendo R$ 38 bilhões para baixa renda renda (habitação social) e R$ 16 bilhões para imóveis mais caros.
Pesquisa divulgada ontem pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção Civil (Cbic) e a Confederação Nacional da Indústria (CNI) revela que o ritmo de queda da atividade no ramo da construção desacelerou no mês passado. Em junho, o índice ficou em 41,2 pontos. Embora ainda esteja abaixo dos 50 pontos — patamar que indica expansão —, o indicador acumula uma alta de 7,9 pontos em relação a dezembro de 2015. Apesar disso, as entidades ressaltam que o nível de ociosidade continua elevado (quase metade do maquinário está parado), e as demissões de trabalhadores ainda persistem.
O índice de evolução do número de empregados ficou em 38,1 pontos, 5,1 pontos acima do patamar registrado em dezembro do ano passado. Os indicadores variam de zero a cem pontos. Quando estão abaixo de 50 pontos indicam resultados negativos.
Caixa eleva para R$ 3 milhões teto de financiamento de imóveis
Valor máximo hoje é de R$ 1,5 milhão.
Novas regras entram em vigor na próxima segunda-feira (25).
A Caixa Econômica Federal anunciou nesta segunda-feira (18) que vai elevar para R$ 3 milhões o valor máximo para financiamento habitacional. Hoje, o valor máximo de financiamento de imóveis pela instituição é de R$ 1,5 milhão. As novas regras entram em vigor na próxima segunda-feira (25).
As mudanças afetam as operações de crédito no âmbito do Sistema Financeiro Imobiliário (que costuma financiar imóveis acima de R$ 750 mil, sem uso do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS).
A Caixa também vai passar a financiar uma "fatia" maior do valor dos imóveis. Para compra de imóvel usado, a cota de financiamento sobe de 60% para 70% do valor total. Já na compra de imóvel novo, terreno, construção em terreno próprio e reforma ou ampliação, a cota sobe de 70% para 80%.
O banco informou ainda que, nas operações contratadas com Interveniente Quitante – que são aquelas em que haverá quitação de financiamento com outra instituição financeira – a cota de financiamento subirá de 50% para 70%.
"A CAIXA esclarece que o novo modelo de concessão de crédito, que levará em consideração aspectos de perfil do cliente como rating ou menor quota de financiamento, ainda está em estudo e não tem previsão de data de lançamento", diz o banco em nota.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhB2DTuKUOL7xftDpaE193-m7NibFMqHVL7H-zHRatAhyvJTpYfU-R5y794vqNGa5xUk-byKHzuKasjkthwa3G_K92eu7x3b_n7oipT36E3K8MrqgXeBlbiTrZ7JluulsEtHme6WykVlEs/s400/IMG_20160703_234451.jpg)
Mais crédito para casa própria
O Globo, Economia, 19/jul
A Caixa Econômica Federal dobrou o valor máximo de imóveis financiados pela instituição, de R$ 1,5 milhão para R$ 3 milhões, dentro do Sistema Financeiro Imobiliário (SFI). A cota máxima de financiamento na modalidade, voltada a unidades a partir de R$ 750 mil, subiu de 60% para 70% para aquisição de usados e de 70% para 80% para novos, compra de terreno e construção, reforma ou ampliação.
A instituição também informou que passará a financiar uma maior parcela do imóvel, nos casos de portabilidade do contrato imobiliário, fechado pelo mutuário com outro banco. A cota, que era de 50%, subirá para 70%. As mudanças entram em vigor na próxima segunda-feira.
Anunciadas na manhã de ontem pelo vice-presidente da área de Habitação da Caixa Econômica, Nelson Antonio de Souza, em entrevista à Reuters, as medidas só foram confirmadas pela instituição financeira no fim do dia. A nota divulgada pelo banco sobre as novas condições não esclarece o motivo das mudanças na modalidade de crédito, voltado ao público de maior renda. As taxas cobradas nas operações variam entre 10,93% e 11,5% ao ano, e o prazo de pagamento vai até 420 meses (35 anos). São utilizados nessa linha depósitos da poupança (faixa livre, para imóveis acima de R$ 750 mil) e captações no mercado, lastreadas em títulos imobiliários (os chamados LCI).
META DE R$ 50 BILHÕES EM NOVOS EMPRÉSTIMOS
Segundo interlocutores, o banco decidiu ampliar o financiamento porque estaria aquém da meta do semestre de bater R$ 50 bilhões em novos empréstimos, diante da queda na demanda provocada pela crise na economia. No primeiro trimestre, as concessões somaram apenas R$ 15,5 bilhões, segundo balanço divulgado pela Caixa. O orçamento previsto para o setor da habitação neste ano é de R$ 91 bilhões. A instituição detém 66,9% do mercado imobiliário.
Em março, a então presidente da Caixa, Miriam Belchior, já havia anunciado a reabertura do financiamento para compra do segundo imóvel e a elevação da cota para usados de 50% para 70%, no Sistema Financeiro da Habitação (SFH), que financia imóveis avaliados em até R$ 750 mil. Em entrevista exclusiva ao GLOBO na semana passada, o atual presidente do banco, Gilberto Occhi, disse que pretende facilitar o crédito imobiliário ainda mais no segundo semestre, com redução de taxas, dependendo do perfil do cliente, e maior cota de financiamento. Atualmente, o banco segue um modelo padrão para juros, cota e prazo de pagamento dos empréstimos.
Occhi disse ainda que, diante da queda nas vendas, a Caixa está alongando as dívidas das construtoras. Para o consultor e ex-vice-presidente de Habitação da Caixa José Urbano Duarte, as medidas são insuficientes para reaquecer o setor, pois o segmento de imóveis mais caros representa apenas 5% do mercado. Mas elas podem ajudar as construtoras.
- Qualquer medida no sentido de melhorar as condições de comercialização de unidades é benéfica para o setor - destacou Urbano, acrescentando que a elevação no percentual de financiamento tem relevância para a classe média.
O presidente do Sindicato da Construção de São Paulo (SindusCon-SP), José Romeu Ferraz Neto, disse que o pacote de medidas da Caixa é bastante oportuno e tende a criar um efeito psicológico positivo em quem está interessado em fazer um financiamento:
- O anúncio está sendo feito num momento muito oportuno, em que o mercado ainda está parado, mas as pessoas começam a recobrar a confiança na economia, na equipe econômica. Se a pessoa está empregada e vê que o banco está aumentando os limites de financiamento, pode se animar.
MAIS CRÉDITO A GERADORES DE EMPREGO
Romeu Ferraz considera que a intenção da Caixa de dobrar o valor do imóvel para R$ 3 milhões não é o ponto mais importante. Assim como Urbano, ele diz que a elevação dos percentuais de financiamento, tanto para imóveis novos quanto usados, tem um efeito mais positivo sobre as pessoas:
- No caso do imóvel de R$ 3 milhões, o comprador talvez nem precise de financiamento. Mas o fato de elevar os limites de financiamento melhora o humor dos que precisam do empréstimo. Não que vá haver uma revolução, com filas na Caixa para financiamento. Mas essas mudanças ajudam a melhorar a expectativa das pessoas.
O presidente interino, Michel Temer, encomendou à equipe econômica a elaboração de medidas para estimular a economia a curto prazo. A ideia é aproveitar o bom momento vivido pelo governo, com os dados favoráveis da mais recente pesquisa de popularidade do Datafolha, para anunciar o pacote.
Hoje haverá reunião entre as equipes dos ministérios da Fazenda, do Planejamento e da Casa Civil para o fechamento das medidas. No pacote, deve haver, entre outros tópicos, anúncio de liberação de crédito para alguns setores com maior capacidade de rápida geração de emprego, nos moldes do que a Caixa fará.
Esta noite, Temer receberá em jantar os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para a elaboração de uma agenda para o segundo semestre com foco na recuperação da economia. A ideia é sair do encontro com um acordo entre os presidentes das duas Casas para a votação dessas matérias mais relevantes para o governo.
Apesar da movimentação, há um cuidado por parte do Planalto para não gerar no mercado uma expectativa superior àquilo que será anunciado. Segundo interlocutores do governo, não haverá medidas de subsídio no pacote. A intenção é focar na ampliação de crédito para esses setores cuja resposta em geração de emprego seja mais rápida, como o setor imobiliário. De acordo com um assessor, a geração de empregos é a obsessão de Temer.
18/07/2016 às 19h11 14
Caixa estende financiamento para imóvel de até R$ 3 milhões | Valor SÃO PAULO -
A Caixa Econômica Federal confirmou novas condições mais favoráveis para contratação de crédito imobiliário para aquisição de operações de imóveis de maior valor. O banco aumentou de R$ 1,5 milhão para R$ 3 milhões o valor máximo de imóvel que aceita financiar, de acordo com nota enviada pela assessoria de imprensa da instituição financeira. As mudanças afetam as operações de crédito no âmbito do Sistema Financeiro Imobiliário (SFI), que engloba os imóveis acima de R$ 750 milhões em determinadas capitais.
Feirão da Caixa em São Paulo movimenta quase R$ 3 bilhões
Foram fechados mais de 13 mil contratos em três dias.
Cerca de 32 mil visitantes passaram pela 12ª edição do evento na cidade.
A Caixa Econômica Federal (CEF) anunciou neste domingo (5) que a 12ª edição do Feirão da Casa Própria em São Paulo movimentou R$ 2,9 bilhões. Ao todo, foram fechados 13,3 mil contratos em três dias de evento no Pavilhão de Exposições do Anhembi.
Segundo a Caixa, quase 33 mil pessoas visitaram o espaço. Estavam à disposição mais de 75 mil imóveis na Grande São Paulo, entre novos e usados. O banco também informou que 91 construtoras e 1,2 mil funcionários da Caixa participaram do feirão.
O foco desta edição foi o financiamento de habitação popular do Programa Minha Casa, Minha Vida e as demais operações com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), cujo teto máximo é de R$ 225 mil.
Mesmo após o feirão, os interessados podem obter informações em todas as agências da Caixa ou pelo Serviço de Atendimento ao Cliente (0800 726 0101), disponível 24 horas por dia, inclusive nos finais de semana.
Segundo a Caixa, quase 33 mil pessoas visitaram o espaço. Estavam à disposição mais de 75 mil imóveis na Grande São Paulo, entre novos e usados. O banco também informou que 91 construtoras e 1,2 mil funcionários da Caixa participaram do feirão.
O foco desta edição foi o financiamento de habitação popular do Programa Minha Casa, Minha Vida e as demais operações com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), cujo teto máximo é de R$ 225 mil.
Mesmo após o feirão, os interessados podem obter informações em todas as agências da Caixa ou pelo Serviço de Atendimento ao Cliente (0800 726 0101), disponível 24 horas por dia, inclusive nos finais de semana.
Oportunidades
De acordo com a Pesquisa do Mercado Imobiliário, realizada pelo Sindicato de Habitação de São Paulo (Secovi-SP), o primeiro trimestre de 2016 apresentou a menor quantidade lançada na cidade desde 2004, com 1.692 unidades. Em março, havia 25.823 unidades disponíveis para venda em São Paulo, entre imóveis na planta, em construção e em estoque, lançados nos últimos 36 meses.
A pesquisa ainda revela quais os tipos de imóveis estão com mais ofertas e, de uma forma geral, o mercado tende a oferecer produtos mais compactos. Em relação ao número de dormitórios, a maior quantidade de imóveis disponíveis é de dois quartos, com 9.680 unidades. Já sobre a área útil, predominam imóveis entre 45 e 65 metros quadrados, com 9.684 unidades.
Entre as áreas, a Zona Sul de São Paulo é a que mais tem imóveis disponíveis, com 7.793 unidades. Depois aparece a Zona Leste, com 5.742, seguida da Zona Oeste (5.529), Centro (3.436) e Zona Norte (3.323). “As zonas Sul e Oeste são as que tem o metro quadrado mais caro”, afirma Celso Petrucci. Na Zona Sul, de acordo com o índice FipeZap, o preço do metro quadrado no Itaim Bibi foi de R$ 10.916 em maio de 2016, enquanto no Jardim Paulista de R$ 10.165 e na Vila Mariana de R$ 9.528. Já na Zona Oeste, na Vila Madalena o valor do metro quadrado é de R$ 10.502, em Pinheiros de R$ 10.351 e em Perdizes de R$ 9.371, para citar alguns exemplos.
Mas a Zona Sul, local que concentra maior número de ofertas, também tem imóveis mais acessíveis. “Lá é a maior zona geográfica e tem do muito popular até o alto padrão. São imóveis para todos os padrões sociais”, completa José Augusto Viana Neto, presidente do Creci-SP.
De acordo com a Pesquisa do Mercado Imobiliário, realizada pelo Sindicato de Habitação de São Paulo (Secovi-SP), o primeiro trimestre de 2016 apresentou a menor quantidade lançada na cidade desde 2004, com 1.692 unidades. Em março, havia 25.823 unidades disponíveis para venda em São Paulo, entre imóveis na planta, em construção e em estoque, lançados nos últimos 36 meses.
A pesquisa ainda revela quais os tipos de imóveis estão com mais ofertas e, de uma forma geral, o mercado tende a oferecer produtos mais compactos. Em relação ao número de dormitórios, a maior quantidade de imóveis disponíveis é de dois quartos, com 9.680 unidades. Já sobre a área útil, predominam imóveis entre 45 e 65 metros quadrados, com 9.684 unidades.
Entre as áreas, a Zona Sul de São Paulo é a que mais tem imóveis disponíveis, com 7.793 unidades. Depois aparece a Zona Leste, com 5.742, seguida da Zona Oeste (5.529), Centro (3.436) e Zona Norte (3.323). “As zonas Sul e Oeste são as que tem o metro quadrado mais caro”, afirma Celso Petrucci. Na Zona Sul, de acordo com o índice FipeZap, o preço do metro quadrado no Itaim Bibi foi de R$ 10.916 em maio de 2016, enquanto no Jardim Paulista de R$ 10.165 e na Vila Mariana de R$ 9.528. Já na Zona Oeste, na Vila Madalena o valor do metro quadrado é de R$ 10.502, em Pinheiros de R$ 10.351 e em Perdizes de R$ 9.371, para citar alguns exemplos.
Mas a Zona Sul, local que concentra maior número de ofertas, também tem imóveis mais acessíveis. “Lá é a maior zona geográfica e tem do muito popular até o alto padrão. São imóveis para todos os padrões sociais”, completa José Augusto Viana Neto, presidente do Creci-SP.
No Rio de Janeiro, de acordo
com Leonardo Schneider, vice-presidente do Sindicato da Habitação do Rio de
Janeiro (Secovi-RJ), existem muitos imóveis em estoque na Zona Oeste da cidade.
“Barra da Tijuca, Recreio dos Bandeirantes e Jacarepaguá são bairros com
estoques. Lá, as construtoras estão doidas para vender, o consumidor pode
negociar e fazer um bom negócio”, garante. Para ele, esta é uma região que
oferece uma boa condição para se viver. “É uma região nova, que está em
crescimento, com novos condomínios e investimentos como o metrô e o VLT”,
ressalta. Segundo o índice FipeZap, o preço do metro quadrado na Barra da
Tijuca é de R$ 9.806, no Recreio dos Bandeirantes de R$ 7.090, e em Jacarepaguá
de R$ 6.269.
Em Pernambuco, segundo Elísio
Cruz Júnior, presidente do Secovi-PE, dois bairros que tiveram seu boom
imobiliário há alguns anos, com os investimentos no Porto de Suape, são os que
hoje oferecem boas ofertas para quem deseja comprar um imóvel em estoque. Eles
ficam em Jaboatão dos Guararapes. “Candeias e Piedade oferecem preços
convidativos, com maiores descontos na aquisição de imóveis prontos”, afirma.
De acordo com o índice FipeZap, o preço do metro quadrado em Candeias é de R$
4.194 e em Piedade de R$ 4.545.
Recursos para moradia
Extra, Ganhe Mais, 28/jul
Preço de terreno cai e atrai construtoras
Queda no valor do metro quadrado torna momento ideal para repor estoques
Construtoras focadas na classe C estão acelerando a compra de terrenos nesta crise para aproveitar tanto o preço mais baixo quanto a possibilidade de obter condições melhores de pagamento.
Companhias como MRV, Tenda e Cury/Plano&Plano afirmam que o preço do metro quadrado, cerca de 10% mais barato que há dois anos, torna esse momento ideal para repor estoques e se preparar para quando a procura por lançamentos voltar.
A MRV Engenharia, líder do segmento, vai aplicar R$ 250 milhões do seu caixa neste ano para equilibrar o seu estoque. A companhia tem um banco de terrenos com potencial de construção de 237.946 unidades, no valor de R$ 36,3 bilhões.
“Nosso foco são cidades com população acima de 500 mil habitantes. Temos que equilibrar o nosso estoque para quando o mercado voltar aos níveis de lançamentos de antes da crise”, diz o presidente da MRV Engenharia, Rafael Menin.
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A Tenda Engenharia está aplicando mais em cidades onde precisa aumentar o número de lançamentos.
“Está de fato bom para comprar terreno. E estamos investindo no aumento de nosso estoque desde 2013”, diz o CFO Felipe David Cohen.
A Tenda, que atua nas cidades de São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife e Salvador, fechou o primeiro trimestre deste ano com um estoque de R$ 4,7 bilhões em banco de terrenos, um potencial de 33 mil unidades.
Construtoras focadas na classe C estão acelerando a compra de terrenos nesta crise para aproveitar tanto o preço mais baixo quanto a possibilidade de obter condições melhores de pagamento.
Companhias como MRV, Tenda e Cury/Plano&Plano afirmam que o preço do metro quadrado, cerca de 10% mais barato que há dois anos, torna esse momento ideal para repor estoques e se preparar para quando a procura por lançamentos voltar.
A MRV Engenharia, líder do segmento, vai aplicar R$ 250 milhões do seu caixa neste ano para equilibrar o seu estoque. A companhia tem um banco de terrenos com potencial de construção de 237.946 unidades, no valor de R$ 36,3 bilhões.
“Nosso foco são cidades com população acima de 500 mil habitantes. Temos que equilibrar o nosso estoque para quando o mercado voltar aos níveis de lançamentos de antes da crise”, diz o presidente da MRV Engenharia, Rafael Menin.
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A Tenda Engenharia está aplicando mais em cidades onde precisa aumentar o número de lançamentos.
“Está de fato bom para comprar terreno. E estamos investindo no aumento de nosso estoque desde 2013”, diz o CFO Felipe David Cohen.
A Tenda, que atua nas cidades de São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife e Salvador, fechou o primeiro trimestre deste ano com um estoque de R$ 4,7 bilhões em banco de terrenos, um potencial de 33 mil unidades.
Barganha
Cohen não revela o volume de investimentos da companhia, mas ressaltou que há maior poder de barganha na hora do pagamento.
“Conseguimos prazos mais longos do que dois anos atrás. Essa é a principal mudança na compra de terreno”, disse, sem revelar em quanto tempo se paga um imóvel.
Ele acrescentou que em 80% das transações a companhia usa recursos do caixa nas compras.
Cohen não revela o volume de investimentos da companhia, mas ressaltou que há maior poder de barganha na hora do pagamento.
“Conseguimos prazos mais longos do que dois anos atrás. Essa é a principal mudança na compra de terreno”, disse, sem revelar em quanto tempo se paga um imóvel.
Ele acrescentou que em 80% das transações a companhia usa recursos do caixa nas compras.
Permuta
Já na Cury/Plano&Plano, unidade do segmento econômico da Cyrella, a modalidade mais usada é a permuta: quando o prédio fica pronto, a construtora entrega apartamentos ao dono da área.
“Neste segmento, não podemos pagar muito pelo terreno, pois, não teremos margem na hora de vender o imóvel. O preço tem de ser justo.”
Neste ano, a Cyrella já comprou quatro terrenos, todos em permuta. “Dependendo do local, estão mais baratos do que há alguns anos. A hora de investir é esta”, diz o CFO da Cyrella, Eric Alencar.
A companhia tem em estoque cerca de R$ 50 bilhões para os próximos lançamentos da empresa, tanto no segmento econômico como no de média e alta renda. O banco corresponde a 19 milhões de metros quadrados de área útil comercializável.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhiWtce1J9VkscoPg9ZXlBS6xlK_9vyvcRSkPqwZiIbUlyk5RBKVKmNzXeTfZoeOYKkS7Ns3Nv0BqTdnQYDMcghTJgFGLgg9HsGCgoK53WopKnzXDFecR6tJR2nioPQyRPSR8UokHBDcHU/s640/IMG_20160623_012044.jpg)
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Já na Cury/Plano&Plano, unidade do segmento econômico da Cyrella, a modalidade mais usada é a permuta: quando o prédio fica pronto, a construtora entrega apartamentos ao dono da área.
“Neste segmento, não podemos pagar muito pelo terreno, pois, não teremos margem na hora de vender o imóvel. O preço tem de ser justo.”
Neste ano, a Cyrella já comprou quatro terrenos, todos em permuta. “Dependendo do local, estão mais baratos do que há alguns anos. A hora de investir é esta”, diz o CFO da Cyrella, Eric Alencar.
A companhia tem em estoque cerca de R$ 50 bilhões para os próximos lançamentos da empresa, tanto no segmento econômico como no de média e alta renda. O banco corresponde a 19 milhões de metros quadrados de área útil comercializável.
A companhia tem em estoque cerca de R$ 50 bilhões para os próximos lançamentos da empresa, tanto no segmento econômico como no de média e alta renda. O banco corresponde a 19 milhões de metros quadrados de área útil comercializável.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhiWtce1J9VkscoPg9ZXlBS6xlK_9vyvcRSkPqwZiIbUlyk5RBKVKmNzXeTfZoeOYKkS7Ns3Nv0BqTdnQYDMcghTJgFGLgg9HsGCgoK53WopKnzXDFecR6tJR2nioPQyRPSR8UokHBDcHU/s640/IMG_20160623_012044.jpg)
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Bolsa tem 5ª alta seguida, e dólar cai para R$ 3,298
O Globo, Economia, 13/jul
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) voltou a subir ontem, pelo quinto dia seguido, ajudada pela expectativa nos mercados internacionais de novos estímulos por parte dos banco centrais das principais economias. O Ibovespa, índice de referência do mercado, avançou 0,54%, aos 54.256 pontos.
A Bolsa ganha força desde o início de junho como resultado de projeções que apontam para uma maior liquidez nos mercados com a perspectiva de adoção de estímulos monetários na Europa e no Japão e de adiamento da alta de juros nos EUA.
- O noticiário está favorável e ajuda a recuperação dos mercados emergentes. Além do adiamento da elevação dos juros nos Estados Unidos, há a expectativa de incentivos por parte dos bancos centrais. O Brasil é beneficiado porque estava com uma perda maior - resumiu Raphael Figueredo, da Clear Corretora.
WHIRLPOOL DE SAÍDA DA BOVESPA
O anúncio de fechamento de capital pela fabricante de eletrodomésticos Whirlpool, dona das marcas Brastemp e Consul, fez com que suas ações tivessem alta de 20,46% (PNs) e 28,04% (ONs).
No mercado de câmbio, o dólar comercial fechou em queda de 0,36% ante o real, cotado a R$ 3,298, acompanhando uma desvalorização da moeda também em escala global.
Assim, a nova oferta de US$ 500 milhões em contratos de swap cambial reverso em leilão realizada pelo Banco Central, que têm efeito de compra de dólar no mercado futuro, não foi suficiente para deter a queda das cotações ontem. No ano, o dólar acumula desvalorização de 16,5% ante o real.
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) voltou a subir ontem, pelo quinto dia seguido, ajudada pela expectativa nos mercados internacionais de novos estímulos por parte dos banco centrais das principais economias. O Ibovespa, índice de referência do mercado, avançou 0,54%, aos 54.256 pontos.
A Bolsa ganha força desde o início de junho como resultado de projeções que apontam para uma maior liquidez nos mercados com a perspectiva de adoção de estímulos monetários na Europa e no Japão e de adiamento da alta de juros nos EUA.
- O noticiário está favorável e ajuda a recuperação dos mercados emergentes. Além do adiamento da elevação dos juros nos Estados Unidos, há a expectativa de incentivos por parte dos bancos centrais. O Brasil é beneficiado porque estava com uma perda maior - resumiu Raphael Figueredo, da Clear Corretora.
WHIRLPOOL DE SAÍDA DA BOVESPA
O anúncio de fechamento de capital pela fabricante de eletrodomésticos Whirlpool, dona das marcas Brastemp e Consul, fez com que suas ações tivessem alta de 20,46% (PNs) e 28,04% (ONs).
No mercado de câmbio, o dólar comercial fechou em queda de 0,36% ante o real, cotado a R$ 3,298, acompanhando uma desvalorização da moeda também em escala global.
Assim, a nova oferta de US$ 500 milhões em contratos de swap cambial reverso em leilão realizada pelo Banco Central, que têm efeito de compra de dólar no mercado futuro, não foi suficiente para deter a queda das cotações ontem. No ano, o dólar acumula desvalorização de 16,5% ante o real.
Dólar cai com previsão de entrada de recursos
Valor Econômico, Finanças, 21/jul
O dólar fechou ontem em queda frente ao real, refletindo o cenário externo favorável para a aplicação em ativos de risco. Com a terceira taxa nominal mais alta do mundo, só atrás de Venezuela e Argentina, e a melhora dos fundamentos macroeconômicos, o Brasil tem se destacado como um dos países que mais podem se beneficiar do fluxo de recursos aos emergentes.
O dólar fechou ontem em queda frente ao real, refletindo o cenário externo favorável para a aplicação em ativos de risco. Com a terceira taxa nominal mais alta do mundo, só atrás de Venezuela e Argentina, e a melhora dos fundamentos macroeconômicos, o Brasil tem se destacado como um dos países que mais podem se beneficiar do fluxo de recursos aos emergentes.
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